sábado, 2 de março de 2013

Um Sim e um Beijo


A maioria esmagadora dos solteiros, de alguma forma e por mais que negue, almeja o casamento.

Encontrar aquela pessoa com quem se possa ser inteiro e verdadeiro, compartilhar e permanecer com ela pelo prazer da convivência progressiva.

Entretanto, quando o casal decide se casar encontra um número tão grande de planejamentos, dificuldades, despesas, burocracias, obrigações e convenções, que acaba se esquecendo, natural e gradativamente, da importância do sacramento soberano: a declaração abençoada, pública, formal e festiva de que vai se dedicar a uma vida a dois, de forma monogâmica, fiel e comprometida, nos altos e nos baixos, buscando ser um. Um patrimônio familiar.

 

O noivado, com alianças e jantar.
A escolha da data disponível, não necessariamente a desejável.
Trâmites civis e religiosos, onde os segundos são mais burocráticos do que os primeiros.
Máfias de fornecedores da igreja (ou seria máfia da igreja com os fornecedores?).
Escolhas, muitas escolhas...
Com ou sem assessoria?
Quantos e quem convidar (o que fazer com os amigos rotarianos do seu pai?).
Modelo, textura e entrega dos convites.
Onde e como morar.
Pra onde viajar na lua-de-mel (se conseguir negociar as férias antecipadas na empresa).
Os padrinhos e damas, suas roupas, cursos e coreografias.
A festa e o buffet (falência), as degustações, dos salgadinhos ao bem-casado. O Sonrisal.
As bebidas. O Engov.
Quem paga o quê? (melhor convidar o gerente do banco...)
Os cronogramas.
O coral, as fotos, o filme, as flores, as cores, a decoração, as músicas, o DJ, as dores e as Havaianas.
A organização.
As listas.
A troca das baixelas.
Os agradecimentos.
Tudo isso em meio às inevitáveis opiniões e conselhos, não pedidos, vindos dos amigos, parentes, futura cunhada e mais um continente à escolha deles...

Tudo isso por um sim e um beijo.

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