quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

2021, Mente Aberta

 

A natureza, que ia mandar muito em 2020, conforme previsões anunciadas aqui, através de um vírus mandou todo o mundo pra casa, pras suas origens e essências, alterando radicalmente as rotinas cotidianas, para que as revisássemos.

As rotinas cotidianas da humanidade, por longos tempos, vão escrever, afinal, o que chamamos e estudamos: a história.

E a história da humanidade, permanecendo naquelas rotinas cotidianas, não seria de final feliz.

Estávamos cegos.

Ainda estamos. Não aprendemos com um evento tão raro quanto valioso, embora aflitivo.

Agimos como crianças que querem que acabe logo aquilo que as desconfortam, ignorando a possibilidade de cura envolvida na aflição.

O mundo busca retornar àquelas rotinas. Protesta nas ruas por isso. O mundo todo. Sem máscaras.

2021 espera que sejamos diferentes.

Não há nenhuma chance de voltarmos àquelas rotinas que, afinal, nos afastavam da nossa essência básica, do propósito da nossa existência, individual e coletiva, pois não tínhamos tempo e espaço para percebê-las.

A pandemia, desde março, nos tem dado tempo e espaço. Pra reflexões e renovações. E permanecemos na caixinha, com medos e desequilíbrios.

Em 2021, precisaremos todos ter a mente aberta. E esta não é apenas uma força de expressão.

Mente aberta é aquela que percebe algo novo, muito novo, quase inacreditável, que pode ser absolutamente diferente das suas crenças e valores, e não o descarta ou rechaça imediatamente.

Mente aberta é aquela que ouve ou vê, analisa e filtra o que é bom e lhe serve, e aplica em sua vida. Cotidiana. Rotineiramente.

A mente aberta será mais importante do que o coração aquecido. Muito mais.

A mente aberta pode aquecer um coração.

Quem tem o coração aquecido já tem a mente aberta. Mesmo que não saiba.

Um natal de paz e amor a todos. ✌


(Imagem de jornal.editoraleader.com.br)