segunda-feira, 4 de março de 2013

O Sexo Frágil


Ser pai de um menino foi, e ainda é, uma experiência prazerosa e reveladora.

Pela criação que tive, somada à minha personalidade, permeada pela cultura social brasileira, “vivi a ilusão de que ser homem bastaria”.

Assim, inconsciente e naturalmente, tinha no mundo masculino a representação da força, do desbravamento e da conquista.

Assistindo ao Lucca, meu filho entre duas filhas, e sob a ótica do terapeuta que me tornara, descobri a principal  característica masculina.

A ingenuidade.

Não a da tolice, mas a da pureza.

Entenda-se pureza como a ausência de dissimulação. Pureza essencial.

Outras características se revelaram, decorrentes desta: o desapego, a generosidade, a afetividade, a ternura, o senso fraternal e o magnetismo.

Por outro lado, observando minhas filhas desde o nascimento, verifiquei como homem, pai e terapeuta, que a força, a determinação, a calma e a boa malícia são virtudes femininas.

Entendi porque os homens que possuem virtudes femininas são os mais atraentes às mulheres.

Compreendi também que a inversão e o mau uso do conceito de poder é a causa da maioria dos distúrbios sociais do nosso mundo machista.

A mulher é poderosa e seletiva. O homem é fértil e abundante. A soma é luminosa.

Nós homens, devemos assumir nossa fragilidade e enaltecer a força da mulher.

As mulheres, uma vez enaltecidas e nos fortalecendo, reencontrarão o seu poder seletivo.

E, finalmente, o trigo estará separado do joio, e estaremos prontos para a paz e o amor.

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