Arremedando Galvão Bueno, que usa o termo como hipérbole, minha intenção é exaltação.
O capitalismo, em geral, embora mais eficiente do que o comunismo, está gerando em todo o mundo, particularmente no terceiro, um cenário cruel e perigoso.
As diferenças entre os que têm recursos e os que não têm estão aumentando mais e rapidamente.
Talvez não percebamos ou não paremos pra refletir porque temos que trabalhar muito, diariamente, para obtermos os recursos.
Recursos econômicos, educacionais, sócio-culturais, midiáticos e tecnológicos, principalmente.
No mesmo termômetro, num extremo temos o frio. No outro, calor.
O que ocorre se o frio for congelante ou o calor escaldante?
Quebra-se o termômetro.
Tal qual num elástico, quando parte de uma sociedade, detentora dos recursos, caminha para o Norte, enquanto que a parte oposta, que tem pouco, permanece cada vez mais ao sul, o que pode acontecer com essa sociedade?
Uma ruptura.
Ruptura social.
Que já ocorre nas grandes metrópoles.
Costumamos chamá-la de violência.
Sob um governo que não cumpre com as suas obrigações democráticas de estado. Cobra e arrecada, mas não protege o seu povo, exceto os que têm recursos.
Será que já chegamos no limite extremo?
Ou dá pra piorar?
Condomínios de muro alto e alienação não funcionam.
Tampouco cadeias de muro alto e opressão.
Ambos lotados, cujos ocupantes não se misturam.
De tão opostos e distantes, não se enxergam mais como iguais.
De tão opostos e distantes, não se enxergam mais como iguais.
Somos todos seres humanos.
Somos todos o mercúrio no bulbo de vidro do termômetro.
Somos todos irmãos.
(Reflexões oportunas pruma quaresma sem papa.)
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