terça-feira, 12 de março de 2013

"Limite Extremo"



Arremedando Galvão Bueno, que usa o termo como hipérbole, minha intenção é exaltação.

O capitalismo, em geral, embora mais eficiente do que o comunismo, está gerando em todo o mundo, particularmente no terceiro, um cenário cruel e perigoso.

As diferenças entre os que têm recursos e os que não têm estão aumentando mais e rapidamente.

Talvez não percebamos ou não paremos pra refletir porque temos que trabalhar muito, diariamente, para obtermos os recursos.


Recursos econômicos, educacionais, sócio-culturais, midiáticos e tecnológicos, principalmente.

No mesmo termômetro, num extremo temos o frio. No outro, calor.

O que ocorre se o frio for congelante ou o calor escaldante?

Quebra-se o termômetro.

Tal qual num elástico, quando parte de uma sociedade, detentora dos recursos, caminha para o Norte, enquanto que a parte oposta, que tem pouco, permanece cada vez mais ao sul, o que pode acontecer com essa sociedade?

Uma ruptura.

Ruptura social.

Que já ocorre nas grandes metrópoles.

Costumamos chamá-la de violência.

Sob um governo que não cumpre com as suas obrigações democráticas de estado. Cobra e arrecada, mas não protege o seu povo, exceto os que têm recursos.

Será que já chegamos no limite extremo?

Ou dá pra piorar?

Condomínios de muro alto e alienação não funcionam.

Tampouco cadeias de muro alto e opressão.

Ambos lotados, cujos ocupantes não se misturam.

De tão opostos e distantes, não se enxergam mais como iguais.

Somos todos seres humanos.

Somos todos o mercúrio no bulbo de vidro do termômetro.

Somos todos irmãos.

(Reflexões oportunas pruma quaresma sem papa.)



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