Alpha Centauri é uma das estrelas mais próximas da Terra, a 4,24 anos-luz de distância.
Isto é, a sua luz demora 4,24 anos terrestres para nos atingir.
Então, supondo que a Alpha Centauri desapareça neste instante, ainda permaneceremos vendo a sua luz por mais quatro anos e alguns meses.
A luz que vemos dela pertence ao seu passado, em nosso presente.
O tempo é a maior pepita frustrante da ciência. Foi descoberta, mas ninguém consegue lapidá-la.
Quem conseguir, terá se aproximado muuuito de Deus.
Algo impossível à nossa capacidade mental. Não tente. Vai dar um nó definitivo em sua mente.
Primeiro, porque tempo, na verdade, é movimento. O que chamamos de Dia, na verdade é Rotação da Terra. Ano é Translação. Era é Ápex.
Vale dizer então que, sem movimento não há tempo?
Sim.
Já percebeu que, parado, esperando numa sala de espera, o tempo não passa? E, ao contrário, super-atarefado, seu dia passa voando? Já percebeu que pessoas bem ativas, apesar de idosas, são contemporâneas e joviais? O contrário também é verdade, quem não se atualiza pára no tempo. Tese comprovada por Einstein: na velocidade da luz rejuvenescemos em relação a quem permaneceu na velocidade normal, no mesmo período de tempo.
Já tá dando nó, né?
Outro dia, contemplando sobre o tema, para minha obviedade, me ocorreu que Deus é o tempo.
Deus é o fluxo de vida constante e permanente, desde o Big Bang, há 14,5 bilhões de anos, cujo som é o famoso OM, ouvido ainda hoje, no cosmos, até a luz do Sol que lhe bronzeia, nesta tarde quente do inverno paulistano, de 12 de agosto de 2015.
Por isso Deus é incognoscível.
Agora, Ele acabou de passar por você, na velocidade da luz e, ao mesmo Ele, está lhe trazendo a luz e o calor, através do Sol.
Já.