domingo, 31 de março de 2013

Páscoa


Hoje, os cristãos comemoram a ressurreição de Jesus, reforçando a fé em algo extraordinário.

Jesus, após sua morte, cujo corpo desapareceu, conforme anunciavam as profecias, deixando o Santo Sudário chamuscado em seu lugar, reaparece a Maria Madalena, depois aos apóstolos.

Ainda plasmando, espírito densificando, aparentava ser e agir exatamente como era em corpo, dois dias antes, quando foi preso. Tomé quase tocou nas chagas da crucificação para acreditar que se tratava dele mesmo. O mesmo Jesus.

Eis o significado cristão da Páscoa.

Reproduza em corpo, todo o seu espírito, através da mente consciente.

Seja, na Terra, quem você já é, no Céu.

Daquele dia em diante, não seria mais necessário morrer para se descobrir isso.


sábado, 30 de março de 2013

A Redenção de Judas


Não à toa, somos uma sociedade que sempre precisa de um bode expiatório para aplacar a impotência, ou a covardia, convertida em ira.

Não à toa, a figura de um bode é associada ao diabo.

O apóstolo Judas talvez tenha sido o primeiro bode expiatório diabólico da história da humanidade.

Fácil e convenientemente. Mas, injustamente.

Vamos aos fatos. E aqui constam alguns que encontrei na busca pelas respostas do quem sou?, por onde estive? e pra onde vou?,  por estradas, embora iluminadas, nem sempre asfaltadas, que ofereço às mentes abertas e aos corações aquecidos.

Judas foi o apóstolo que mais acreditou em Jesus e nas profecias que o anunciavam.

Segundo tais profecias, relembrando o que é historicamente conhecido, o Messias seria o libertador do povo judeu da opressão imperialista. Portanto, um líder político.

Porém, em suas pregações, quando já havia escolhido Judas como apóstolo, é bom lembrar, o Ungido anunciou, por três vezes, que iria morrer. Brevemente, não estarei mais entre vós.

Judas era um líder zelote, braço revolucionário (e armado) do povo judeu. Uma espécie de líder nacional da CUT, antes do Ignácio ser presidente.

Sendo assim, ouvindo aquele papo-furado do Yehoshua, que iria morrer, e, consequentemente, não iria assumir poder nenhum, tampouco libertar o povo judeu da opressão, contrariando as profecias, Judas resolveu trucar o Irmão.

Nunca jogou truco? Trucar é um tipo de aposta alta quando as cartas estão boas.

No caso, Judas apostou tudo. Oxalá estivesse com a razão...

Ele pensou:
Como o cara fez cego ver, paraplégico andar, assim como ele andou sobre as águas, encheu a rede de peixes, até morto fétido ele ressuscitou, se eu entregá-lo aos romanos, na hora H, ele vai gritar "pelos poderes de grayskull!". Ele, o He-Man da Palestina, vai derrotar os imperialistas opressores! Plano perfeito.

Judas jamais pensou em traição.

Se assim tivesse pensado não teria se suicidado.

E teria gasto as 30 moedas de ouro e não menosprezado, como consta.

Arrependimento é atitude de ignorantes. Judas era consciente do que planejara.

Assim, seguindo seu plano de fé, fé nos poderes do Filho de Deus e fé nas profecias que o anunciaram, ele foi até os romanos e disse que os levaria até o Jeová.

É importante lembrar que, como líder político revolucionário profetizado, Jesus, mesmo antes de ser o Cristo, ainda recém-nascido, foi jurado de morte e perseguido, por isso vivia escondido, protegido pelo povo judeu e simpatizantes da causa.

Ninguém, nunca, o encontrara.

Só alguém próximo - e confiável - para revelar o esconderijo.

Esse alguém foi Judas. O apóstolo fiel, em aposta ousada e perigosa. Solitário e corajoso.

Contudo, na tal hora H, após o beijo que denotava irmandade, no amor e na fé, Jesus não reagiu e se entregou. Nem a espada de Pedro ele permitiu que fosse usada, reconstituindo a orelha decepada do legionário, poupando o primeiro apóstolo dos efeitos de uma lei universal que Isaac Newton chamaria, séculos depois, de Ação e Reação.

Chocado com a não-reação, Judas desmoronou, decepcionado e frustrado.

Ele havia entregue o Emanuel, mas que não era o Salvador que esperava, embora estivesse ajudando-O a realizar a nova profecia que anunciava a própria morte precoce.

Ele não percebera, mas tinha sido o escolhido de Jesus a cumpri-la.

Então, cego dessa função pela própria fé, percebendo que o seu povo permaneceria oprimido, afinal, por amor e irmandade ao Rabi, ele buscou o mesmo fim.

É provável que o suicídio não tenha sido penitência suficiente.

Sob esta ótica, Judas aceita, humildemente, a malhação milenar.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sexta-feira da Paixão


Sexta-feira da Paixão.

Do latim, passio, significa sacrifício, ato de suportar.

A data é de resguardo e oração aos cristãos - e deveria ser pra todos - porque o divisor do tempo, o profeta, o escolhido, o professor de astrologia, de alquimia e física,  da mecânica à quântica, o (único) mestre prático de PNL, o senhor da moral e da ética, o médium, o Saturno encarnado, o mago, o pai do amor, o moderno educador, o anarquista libertário, o político justo e fraternal em missão alfa, o homem, irmão, como qualquer um de nós, foi pego, açoitado, humilhado e morto, enquanto os seus eram perseguidos.

Cubram-se as velas, jejuem os corpos, orai e vigiai.

terça-feira, 26 de março de 2013

Quadrado Básico das Relações Humanas

Para que haja sucesso e durabilidade em qualquer relação humana é preciso que sejam obedecidos, periódica e mutuamente, os quatro pontos do diagrama acima, pela ordem.

Verifiquemos a tese em três relações distintas: 
a) Você e um motorista de táxi.
b) Você e um terapeuta.
c) Você e um parceiro (futuro cônjuge, sócio ou os integrantes do seu time de vôlei, no campeonato interno do clube).


1) Objetivos comuns

Sem eles nenhuma das relações acima terá início.

a) Você vai chamar, mas o taxista não vai parar.
b) Você pretende marcar a consulta, mas o terapeuta é holístico, não prescreve remédio alopático e não trabalha no seu horário livre.
c) Você quer casar, o futuro cônjuge quer comprar uma bicicleta.

2) Diálogo

Somente com diálogo, os objetivos comuns ficam expostos e esclarecidos.

a) O taxista parando você diz para onde deseja ir. Se ele conhecer o local e aceitar a corrida, bota o taxímetro pra rodar. Senão, acaba a relação e você sai do táxi.
b) Você ajeita sua agenda, aceita a terapia alternativa indicada pela amiga, mas não sabe o que significa holístico. Com vergonha de perguntar, de desconfiada fica insegura e acaba não confirmando a consulta.
c) O namorado concorda em casar, mas daqui a dez anos. Ou chegam num acordo para dez meses ou o casamento dança e a bicicleta ganha.

No primeiro lado do Quadrado estão estas duas etapas. Sem acordo nestas, as relações tentadas terminam aqui.
Caso contrário, as duas próximas fases são:


3) Comprometimento

Uma vez havendo objetivos comuns expostos claramente, um acordo fica selado.

a), b) e c) Todos esperam e contam que o combinado e aceito será cumprido. Mutuamente.
Esse é o trajeto, numa viagem.
Quando já saiu de casa e ainda está longe do destino.

4) Fidelidade

Apenas ocorrendo os três itens anteriores,

a) Você relaxa, enquanto lê seus emails, e acredita que o taxista vai deixá-lo no destino, sem desistir no meio ou rodar meio mundo. E o taxista relaxa, enquanto guia, pois acredita que você vai pagá-lo no fim da corrida.
b) Você relaxa, enquanto lida com o que consegue, acreditando que o terapeuta possa lhe transmitir confiança, explicar e ajudar naquilo que não consegue. E o terapeuta relaxa, enquanto atende aos outros clientes, acreditando que também possa lhe ajudar, supondo que você vá seguir as orientações indicadas.
c) O futuro maridão relaxa, enquanto sai com os amigos pra jogar pôquer, e crê que você não vai engravidar antes da hora. E você relaxa, enquanto investe no enxoval, pois crê que o noivo não vai deixá-la plantada no altar, daqui a dez meses.


Nenhuma relação humana escapa da fé.

Tudo dando certo, todos poderão renovar seus respectivos relacionamentos, continuamente. 


Já separei casais, com filhos, que não brigavam, tampouco dialogavam, por falta de tempo, cansaço ou preguiça, provocados por mútuo excesso de trabalho e, sem que soubessem, tinham objetivos completamente diferentes em relação ao futuro da família. Separações amigáveis.

Já rejuntei vários casais que brigavam por qualquer coisa, mas que, dialogando, diante do Quadrado Básico das Relações Humanas (QBRH), perceberam que ainda tinham muitos objetivos comuns. Esquecidos desde o namoro. Assim, se comprometeram a cumpri-los, cada um exercendo a sua parte da empreitada e confiando que o outro fizesse a mesma coisa. Reuniões amigáveis.

Já rompi com clientes e revigorei terapias revisitando os quatro pontos do QBRH.

Meu primeiro relacionamento terminou, após catorze anos, e estou casado, pela segunda vez, há dezesseis, pela checagem periódica e mútua dos quatro vértices do QBRH. Sem parar pra discutir a relação, que é chato pacas, mas de forma tácita, velada. Contudo, atenta.

Devemos reagir diante dos hipócritas - atendentes de SAC de monopólios e políticos em geral, por exemplo - porque jamais teremos objetivos comuns, tampouco diálogo.

Portanto, jamais haverá comprometimento e fidelidade.

Nesta ordem.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Meu Pai


Hoje, meu pai faria 77 anos.

Morreu há 26, aos 51. Mais da metade da minha vida tenho passado sem ele.

Num mundo de desencontros foi assim que nossa relação ficou marcada.

Na primeira infância, embora construísse meus carrinhos de rolimã, minhas pipas e seus carretéis, motivo de inveja dos garotos do bairro, ele tinha aquele não-burro, sem explicação, por nada de mais. Não e pronto.

Pruma criança normal já seria difícil de entender. Pra mim, primogênito precoce, bom aluno e comportado, diante de um pedido simples, por que não??

Aprendi a me tornar independente e auto-suficiente.

Na adolescência, ele tendo feito terapia, deve ter percebido suas falhas e quis se aproximar mais. Mas, me perguntou o que eu achava dele como pai. Perigo pra quem tem Ascendente em Escorpião. Disse a verdade. Preferia que o tio Ricardo, pai do Carlinhos Saad, tivesse sido meu pai.

Acho que foi um soco oral na boca do estômago dele. Contudo, a relação melhorou dali pra frente.

Na separação dos meus pais, aos meus 20 anos, fui morar com ele. Por conveniência e praticidade. Trabalhávamos juntos.

Aos 25 me casei, em abril de 1987. Naquele outubro ele morreu. Câncer pra cacete.

Uma semana antes, num reencontro casual após muitos anos distante, foi justamente o Carlinhos Saad (que jamais soubera daquele diálogo da adolescência) quem me fez companhia, toda noite, no hospital Oswaldo Cruz. Depois, nunca mais nos encontramos. Coisas dessa vida.

Na madrugada em que morreu, só ele e eu.

Mas, pra mudar o rumo dessa prosa, antes que você chore achando que estou triste, foi após a morte dele que tivemos os melhores encontros. Pode acreditar...

Ele apareceu pra mim, em sonho, várias vezes, por vários motivos.

Sempre alegre e bem, como foi em vida, me ensinou como funcionava o fluxo de energia na aura e no corpo humano. Explicava-me entusiasmado, apontando para a imagem do Homem Vitruviano, de Da Vinci, enquanto eu, ainda empresário, pensava que a insanidade também atingia os espíritos...

Mais tarde, já terapeuta, descobri que o que ele me ensinara era a mais pura verdade. 

Noutra vez, sempre mediante estes sonhos-vivências, me perguntou se eu queria saber como se davam as conexões energéticas e espirituais entre as pessoas e seus grupos. Disse que sim. Ele pegou em minha mão e saímos voando. Tipo Peter Pan. Eu, que tenho medo de altura, não tive e pude observar fios de luz, de infinitas cores, ligando as casas de pessoas afins. Numa delas, dum casal onde eu fazia estudos esotéricos, saía uma usina de cores e formas luminosas, muito intensa. Foi lindo.

Depois, disfarçado de taxista, ele se revelou diante de uma missão espiritual, uma prova de fé que eu tive de cumprir, senão já estaria morto.

Mais adiante, quando a aflição me tomava, incerto do futuro, com medo de falhar como pai, ele surgiu, de terno e gravata, denotando poder e autoridade, com meus filhos no colo, sem falar, apenas sorrindo, transmitindo-me uma segurança inabalável, sem a qual talvez tivesse sucumbido.

Sempre assim, forte e sorridente.

E esta é a imagem que ficou do meu pai.

Com Ascendente em Aquário, era uma cara (muito) além do seu tempo, sem que ele percebesse que se tratava dum dom.

Ele achava que ele era assim, simplesmente.

Graças a ele, hoje, você compra todas as peças duma fechadura numa caixinha. Antes dele a venda era a granel.

Graças a ele, hoje, você compra um saco pronto de argamassa. Antes dele o cimento e a areia eram adquiridos separadamente e a mistura com água ficava por sua conta.

Foi dele a primeira terceirização na Indústria da Construção Civil.

Excelente homem de Organização e Métodos e ex-diretor de suprimentos da Construtora Hindi, então a maior do Brasil, fundou uma empresa chamada Comcentre - Compras Centralizadas de Materiais de Construção, substituindo o departamento de compras, geralmente ineficiente e corrupto, de muitas construtoras.

Nessa época, fim da década de setenta, morávamos numa casa de 1.200 m2, em terreno de 6.000, na Granja Vianna. Nós e os gringos. Fazia-se interurbano pra São Paulo.

Quando souberam da sua morte precoce, alguns amigos dele, empresários bem sucedidos que eu nem conhecia, me procuraram espontaneamente, emocionados, para dar depoimentos dele. O que mais ouvi foi que jamais encontraram alguém mais honesto no ramo. "Se ele quisesse, poderia ter ficado muito, muito rico", disse a maioria.

Quando ele morreu, no fim da década de oitenta, a minha condição financeira era melhor que a dele.

Amante diletante da psicanálise, decidiu estudar e se formou em psicologia, quatro anos tendo nove como a menor nota, dizia, orgulhoso. Isso foi pouco antes de morrer, quando planejava abrir um consultório.

Poderoso médium, sem saber, até a Síndrome do Pânico ele teve antes do tempo, no início da década de 70, quando essa denominação ainda não existia, tampouco o diagnóstico.

Para um Católico Apostólico Romano, ex-coroinha, cursilhista e ministro extraordinário da comunhão, a mediunidade talvez fosse algo distante e esquisito.

E assim, como um homem que teve a coragem de assumir seus erros e mudar, aberto ao novo e que soube respeitar a minha individualidade, ele foi o melhor pai que eu poderia ter.

Assim na terra, como no céu.

Obrigado, pai.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Sol em Áries


Assim que Deus pronunciou: Faça-se a Luz!, utilizou-Se de Áries para fazê-La.

Apenas por essa razão, os arianos são intensos. Arianos de Sol ou Ascendente.

Intensidade que se manifesta através do fogo-matriz. Então, podem ser explosivos, calóricos, coléricos, agressivos, autoritários, individualistas, precipitados e fulminantes. Sempre proativos e autoconfiantes.

Sempre lembrando que Deus é dual. Tais virtudes podem ser tão sombrias quanto luminosas.

Sempre lembrando que todos possuem Áries em alguma Casa do seu Mapa Natal. Nesta Casa será preciso exercer tais características.

Deixe de pedir ajuda prum amigo ariano quando estiver com problemas, pra ver o que acontece... Quando ele souber que poderia ter lhe ajudado antes, vai ficar bravo. Em seguida, vai estender a mão. Direita.

De qualquer forma, é muito difícil um ariano passar desapercebido.

Porque são espontâneos e verdadeiros. Não têm medo de se expor. A si e seus sentimentos.

De todos os doze signos, ele é o regente solar do chacra cardíaco, onde moram o coração, pulmões, glândula Timo e parte superior do fígado, além dos sentimentos.  Logo, Áries é o primeiro a dizer eu te amo. Assim que sente. Destemido de um lado, pode exagerar de outro. Mas, jamais vai se acovardar.

Vitais, são guerreiros competitivos. Não gostam de perder, embora reconheçam e respeitem a competência de quem o vence, jamais a sorte.

Não á toa, Marte, seu planeta regente, tem o design de uma espada. É preciso lutar pra conquistar. Viril, o ariano tem paixão constante, inclusive para trabalhar; e menospreza vagabundos e herdeiros preguiçosos. Normalmente, se alimenta dos desafios do trabalho, quando em cargo de liderança e autoridade.

Por outro lado, ignoram, na hierarquia, superiores medíocres, que costumam ser arrogantes desconfiados. Então, tendem a ser anárquicos e rebeldes. Em situação de guerra, um bom ariano mataria (todos) os líderes venais, corruptos, lascivos e desonestos, sem alterar o batimento cardíaco.

Regente da Casa 1 do Zodíaco Padrão, Áries se identifica muito com projetos inéditos, que necessitem de iniciativa e coragem para que se realizem. Determinação que só psicopatas têm.

Logo, os arianos são pessoas de muita fé. Em si mesmos e em Deus, a energia primária que os criou.

Não combinam com anemia, desânimo e depressão, o que pode ser perigoso quando ocorre.

Não combinam com paciência, tampouco.

Assim sendo, brigam com o tempo, sempre aquém do que gostariam, porque o tempo não existe. Dia é rotação, ano é translação. Logo, eles empurram os inertes, que se negam a se mexer. Sempre mediante o elemento fogo.

Propensos a exageros, pedem desculpas com a maior facilidade quando passam do ponto.

Portanto, são guerreiros humildes. Principalmente, diante da predestinação.

Como os milionários portugueses, templários da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, que financiaram as caravelas que descobriram o Brasil. Coisa de maluco pra maioria, prazer e honra em Ser Quem Se É, quando o propósito é elevado.

Todos os arianos possuem uma dicotomia única.

Embora se sintam muito bem consigo mesmos, podem padecer de uma solidão específica. A de quem ninguém está ao seu lado.

Isso acontece porque é da natureza do ariano só olhar e caminhar pra frente. Como tem vocação pra ser o primeiro de qualquer fila, não há ninguém à sua frente.

Mas, um ariano equilibrado e maduro, antes de agir, sempre pára e olha pra trás.

Verá uma legião de seguidores.

Tanto na Terra, quanto no Céu.

terça-feira, 19 de março de 2013

O Zé


Hoje é dia de São José.

Pai de Jesus, marido de Maria, foi o primeiro caibro a sustentar a Obra.

Humilde e resignado, aceitou a missão com honra.

Mais maduro que era, morreu antes de assistir ao apogeu do filho escolhido.

Esse é o Zé. Qualquer Zé.

Sinônimo de servil solidez solitária.

Quase desimportância.

Exceto pelo fato de ser quem se é. Simplesmente.

domingo, 17 de março de 2013

A Inteligência Adverte




Deu no jornal, O Estado de São Paulo, há tempos:


Ansiedade dificulta abandono do cigarro

"Ansiedade, irritabilidade, inquietação.

De acordo com pesquisa feita pela Santa Casa de Misericórdia do Rio, esses são os maiores problemas enfrentados pelas pessoas que estão tentando parar de fumar. O levantamento, realizado pelo Departamento de Nicotina com base nas fichas de 538 pacientes, mostra ainda que o aumento do apetite e a “fissura” (compulsão) por cigarro não são os maiores vilões dos processos de abandono do vício, como se costuma pensar."

Incoerentemente entretanto, por ignorância, hipocrisia ou crueldade mesmo, “ansiedade e inquietação” são exatamente as sensações que geram as advertências do Ministério da Saúde nos maços de cigarros, com aquelas fotos aflitivas, dificultando que o fumante deixe o vício.

O que o governo quer mesmo é o imposto, 60% do valor do maço.

Apesar de alguns dizerem que o mesmo governo gasta mais com as doenças dos fumantes do que arrecada com os cigarros.

Embora o fumo tenha sido o 6º produto mais exportado do agronegócio brasileiro, em 2012, segundo a Afubra, e o preço do maço seja justamente o maior fator de abandono do vício, segundo a Folha de São Paulo, em matéria de 7/11/12, principalmente entre os jovens.

De toda forma, o paradoxo de explorar a ansiedade e inquietação dos fumantes com fotos escatológicas me causa irritabilidade.

Pra mim, o nosso governo faz mal à saúde, causa impotência, infarto e tumores em geral.

sábado, 16 de março de 2013

Você e o Dinheiro



Por que muitos têm e outros não?

Por que pra uns ele vem fácil e pra outros não, sob as mesmas condições?

As perguntas que todos os duros fazem...

Caso não seja do seu destino, tudo está no auto-conhecimento e no propósito. Profundos e verdadeiros.


De verdade, qual a principal função do dinheiro?

Primeiro, ele nasceu pra ser meio e não fim.

Sendo meio ele concede liberdade. Sendo fim, aprisiona.

Aquelas pessoas que tem como finalidade ganhar dinheiro, ou não o alcançam ou, se alcançam, não possuem alegria, emoção fundamental que ele gera. E ficam presos a ele.

Além da ausência de alegria e satisfação, até da felicidade, essas pessoas se aproximam dos Pecados Capitais. Avareza e Soberba. Depois, Preguiça, Luxúria e Gula, não necessariamente nessa ordem. Em seguida, padecem da Inveja dos outros e têm a Ira como reação, geral e permanente.

(Você não reconhece vários políticos, dentre outros calhordas, venais, hipócritas e infelizes nesse cenário?) 

O dinheiro nasceu pra ser meio e oferecer liberdade.

Meio de representar o valor de alguma coisa. E meio de troca para se adquirir algo, agilizando a obtenção de bens e serviços, de acordo com a livre escolha ou necessidade. 

Imagine levar três galinhas para pagar o médico numa consulta urgente. Ou, três camelos até o vendedor de tapetes e móveis.

Não fosse o dinheiro, ontem, pelas consultas que dei, teria levado em troca um curso profissionalizante fora da minha área, adesivos e serviços jurídicos. Sem menosprezar meus clientes, não estou precisando de nada disso...

Ao contrário, será que o açougueiro toparia uma leitura de tarot por uma peça limpa de filé mignon? Ou encheriam meu tanque, durante um mês, por uma leitura de Mapa Natal?

Afinal, como se relacionar direito com o dinheiro? Como atrai-lo?

É preciso que você reconheça em si e exerça em sua vida o que ele representa, respondendo  a três perguntas:

Qual sua função mais valorosa?
Qual o propósito dela?
Você nasceu para ser meio de quê?

Invariavelmente, as respostas estão contidas nos seus dons inatos, conscientes e práticos. Caso não os conheça, o que você produz, faz ou se envolve que lhe gera grande sensação de alegria, satisfação e liberdade (expansão pessoal)?

Obtendo as respostas, é preciso botar preço e oferecê-las, ir ao mercado. Dinheiro tem que circular. É preciso que haja intenção de troca.

Assim sendo, provavelmente, o dinheiro virá até você.

Como o trigo que se apresenta abundante ao pássaro, sem que ele se preocupe com isso.

Basta que ele voe para alcançar.

E cante depois de comer.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Réveillon Astrológico






Astrologicamente, o ano novo começa no dia 20 de março, quando o Sol entrar no signo de Áries.

Isso porque Áries é o signo que rege a Casa 1 do Zodíaco Padrão, a Casa do Ascendente, o Leste das nossas vidas.

Então, hoje é o Réveillon Astrológico.

19 de março.

Como em todo réveillon, devemos fazer aquele balanço do que queremos deixar pra trás, por ser inútil, ultrapassado, e nos concentrar no que queremos de novo.

Novos projetos, novas iniciativas, novas conquistas, novos impulsos.

É bom lembrar que Astrologia não se trata de conceitos, mas de observação e interpretação milenares de influência eletromagnética cósmica sobre o comportamento humano. Individual e coletivo.

Assim, antes que se acabe a contagem regressiva e ocorra a propulsão pelo elemento fogo, tal qual um foguete, estejamos mais leves.

E saibamos onde queremos chegar.

terça-feira, 12 de março de 2013

Meu Anjo


Aos 14 anos, a pé, de costas, sem camisa e enlameado, após partida de futebol sob a chuva que ainda caía, na rua de casa passa por mim um fusca que, logo pára, dá ré, até emparelhar comigo.

Vou parando enquanto o vidro do motorista se abre. Dois olhos tão azuis quanto vivos revelam o rosto de uma bela mulher que, meio sem graça, diz: “não repare na minha filha, mas ela quer lhe fazer um convite".

Ao abaixar para ver a filha no banco do passageiro, dois olhos também azuis se sobrepunham ao sorriso meio tímido de quem não sabia ao certo o que estava fazendo, mas fazia.

- Você conhece a Roberta?, apontando pra casa adiante, em frente a minha.
- Sim.
- Ela vai na minha festa. Se você quiser ir...
- Ok, embasbaquei.
- Ok. Tchau!

Caminhei sorrindo até em casa.


Desde esse dia inusitado, com convite surrealista, nunca mais nos separamos. Eu e a garota do fusca.

No início platônico, após a festa que obviamente fui, passava diante da casa dela, de bicicleta, fingindo ser um passeio normal. Ela fingia que estava na janela por algum motivo banal.

Eu tinha que vê-la! Mas, o que me movia?

Era o amor e eu não sabia.

O primeiro beijo debaixo dum limoeiro, o namoro diante da lareira, dentro de piscinas, ao som de quem queríamos, comendo o que gostávamos.

O namoro acabou, mas o amor não. Era estranha a clareza dessa sensação...

Sempre presente nos momentos importantes da minha vida, por mais que estivesse longe, foi guia quando eu me perdia. Atitudes simples dela, soluções definitivas para mim. Parecia magia.

Procurando entender aquela espécie de amor, sem uma resposta que fosse mais completa do que a sensação de amá-la, após anos, finalmente descobri.

Ela é um anjo.

O meu anjo vivo.

Serei eternamente grato a Deus por sua presença e esse amor.

"Limite Extremo"



Arremedando Galvão Bueno, que usa o termo como hipérbole, minha intenção é exaltação.

O capitalismo, em geral, embora mais eficiente do que o comunismo, está gerando em todo o mundo, particularmente no terceiro, um cenário cruel e perigoso.

As diferenças entre os que têm recursos e os que não têm estão aumentando mais e rapidamente.

Talvez não percebamos ou não paremos pra refletir porque temos que trabalhar muito, diariamente, para obtermos os recursos.


Recursos econômicos, educacionais, sócio-culturais, midiáticos e tecnológicos, principalmente.

No mesmo termômetro, num extremo temos o frio. No outro, calor.

O que ocorre se o frio for congelante ou o calor escaldante?

Quebra-se o termômetro.

Tal qual num elástico, quando parte de uma sociedade, detentora dos recursos, caminha para o Norte, enquanto que a parte oposta, que tem pouco, permanece cada vez mais ao sul, o que pode acontecer com essa sociedade?

Uma ruptura.

Ruptura social.

Que já ocorre nas grandes metrópoles.

Costumamos chamá-la de violência.

Sob um governo que não cumpre com as suas obrigações democráticas de estado. Cobra e arrecada, mas não protege o seu povo, exceto os que têm recursos.

Será que já chegamos no limite extremo?

Ou dá pra piorar?

Condomínios de muro alto e alienação não funcionam.

Tampouco cadeias de muro alto e opressão.

Ambos lotados, cujos ocupantes não se misturam.

De tão opostos e distantes, não se enxergam mais como iguais.

Somos todos seres humanos.

Somos todos o mercúrio no bulbo de vidro do termômetro.

Somos todos irmãos.

(Reflexões oportunas pruma quaresma sem papa.)



segunda-feira, 11 de março de 2013

3 x 4


Joguei bola a três por quatro.

Fiz amigos a três por quatro.

Como orador das turmas, sempre falei a três por quatro.

No Bandeirantes, estudei a três por quatro.

Na FAAP, a três por quatro, preferia trabalhar.

Namorei a três por quatro, três ou quatro.

Como jovem empresário, inovei a três por quatro.

Tive filhos a três por quatro.

Tenho planos a três por quatro.

Realizo-os ainda a três.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Bom-senso em extinção


Sem obras, custos e mágicas, é fácil melhorar o trânsito de São Paulo, em 50%.

Basta que façamos como em Curitiba, anos-luz à frente em engenharia de tráfego.

Massificar forte campanha na mídia, anunciando o óbvio: 

Motorista, você pode andar a 60 km/h!! 

Como a síndrome dos biscoitos Tostines, não sei se o crônico trânsito caótico de São Paulo promoveu uma letargia burra nos motoristas ou se a leseira mental dos motoristas está piorando o trânsito de São Paulo.

Achando que a super-câmera-lenta fosse só das 7 às 20h, ontem, às  23h15, voltando pra casa, na Av Jornalista Roberto Marinho sentido Marginal, pistas livres, perdi um semáforo sem conseguir cruzar a Av Santo Amaro.

Primeiro, porque, entre o sinal abrir e os carros se movimentarem, dá pra passar a limpo a Bíblia Sagrada. (Sem contar os smartphones à mão.)

Em segundo, todos os (poucos) carros não passaram de 40 km/hora, logo fechando o sinal novamente.

Por que, Jesus, Maria e José??

Por que não andar a 60 km/h se esta é a velocidade permitida na maioria das vias de São Paulo e do mundo?

Os alienados sem bom-senso vão me julgar estressado. Mas, de 40 a 60 km/h são 50% a mais!

50% é muito!!

Tenho certeza de que tanto os cordeiros abobalhados quanto e eu gostaríamos de:

Ter 50% de tempo a mais de descanso ou férias e o salário aumentado em 50%.
Ter 50% de tempo a mais com os filhos, família, amigos e ver os preços caírem 50%.
Ter 50% de tempo a mais para praticar atividades prazerosas e diminuir o tempo perdido no trânsito, em 50%.

Ou não?

quarta-feira, 6 de março de 2013

Liderança



Algumas virtudes humanas não são ensinadas, nem herdadas. Ou você nasce com elas, ou não as têm.

A liderança é uma delas.

Líder nasce líder.

Pois, embora haja a necessidade de competência, pra manifestar liderança é preciso carisma, o tal espírito de liderança, que gera admiração. E não há escola pra isso.

Ser líder é ter capacidade gestora. Comandar um grupo de pessoas, coordenando e otimizando seus potenciais, facilitando o alcance dos objetivos comuns.

Ao comandar um grupo, a principal virtude que um (bom) líder deve ter é a humildade.

Assim, ele ouvirá opiniões, reconhecerá as próprias limitações e o valor das excelências dos demais membros da equipe, que se engajarão à tarefa, tal qual engrenagens, “vestindo a camisa”, como se diz.

Agregadas à liderança, devem estar também a autoconfiança e o desapego, pois evitam a propagação das conquistas individuais, valorizando e fortalecendo a capacidade de sucesso da equipe como um todo. Leão confiante é o que dorme, não o que ruge.

O líder precisa saber lidar com a sensação de solidão, pois haverá momentos em que ele deverá tomar decisões baseadas apenas em foro íntimo.

Por tudo isso, exercer liderança é tarefa para poucos.

Sendo assim, os líderes com os padrões acima devem ser reconhecidos e respeitados.

Mais do que isso, protegidos.

Eles são necessários para o sucesso de toda e qualquer comunidade organizada.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Mire-se nos defeitos


A Megan Fox, aí ao lado, tem um dos rostos mais bonitos do mundo, segundo a maioria, onde me incluo, embora prefira o da Ana Paula Arósio.

Mas, ela tem um defeito no dedão das mãos.

Já notou? Clique e amplie a foto ao lado.

O dedão dela é meio curto e cabeçudo, sei lá! Esquisitice genética.

Um dia, essa beleza toda vai embora, mas o dedo cabeçudo permanecerá. Dois! Até que a morte os mantenha.

É comum, à beira do casamento, reflexões definitivas sobre as virtudes e os defeitos do cônjuge.

Pra se ter certeza absoluta que a longa empreitada valerá a pena...


Ela é muito certinha, chega a ser chata, mas é servil e gosta de sexo.
Ele bebe “socialmente”, porém é presente e afetivo.
Ela insiste em usar cacharrel turquesa cintilante, mas não escorrega na concordância.
Ele teima no Raider com meia branca, tanto quanto lhe serve o café na cama.
Ela usa gíria em inglês e acha in, mas é autêntica.
Ele adora a mãe em demasia, mas pretende morar longe dela.
Ela cutuca o nariz dormindo, mas faz depilação total.
Ele canta mal e alto, mas é um herói, pois escuta seu pagode sertanejo sem reclamar.
Ela chora e grita fora da TPM, mas é carinhosa e cozinha bem.
Ele dorme no meio da sua história noturna, mas instala, troca e conserta tudo em casa.
Ela curte o seu futebol, mas gosta de jogar na zaga.
Ele curte o seu balet, mas usa collant no inverno...

Nesses e noutros bilhares de exemplos, mire-se nos defeitos. Com o tempo, esses tendem a permanecer, enquanto desaparecem várias virtudes...

Ok pros defeitos? Marque o casamento. E aguardo o convite.

Senão, cancele tudo e separe-se! E você não me conhece, jamais me leu.

O Sexo Frágil


Ser pai de um menino foi, e ainda é, uma experiência prazerosa e reveladora.

Pela criação que tive, somada à minha personalidade, permeada pela cultura social brasileira, “vivi a ilusão de que ser homem bastaria”.

Assim, inconsciente e naturalmente, tinha no mundo masculino a representação da força, do desbravamento e da conquista.

Assistindo ao Lucca, meu filho entre duas filhas, e sob a ótica do terapeuta que me tornara, descobri a principal  característica masculina.

A ingenuidade.

Não a da tolice, mas a da pureza.

Entenda-se pureza como a ausência de dissimulação. Pureza essencial.

Outras características se revelaram, decorrentes desta: o desapego, a generosidade, a afetividade, a ternura, o senso fraternal e o magnetismo.

Por outro lado, observando minhas filhas desde o nascimento, verifiquei como homem, pai e terapeuta, que a força, a determinação, a calma e a boa malícia são virtudes femininas.

Entendi porque os homens que possuem virtudes femininas são os mais atraentes às mulheres.

Compreendi também que a inversão e o mau uso do conceito de poder é a causa da maioria dos distúrbios sociais do nosso mundo machista.

A mulher é poderosa e seletiva. O homem é fértil e abundante. A soma é luminosa.

Nós homens, devemos assumir nossa fragilidade e enaltecer a força da mulher.

As mulheres, uma vez enaltecidas e nos fortalecendo, reencontrarão o seu poder seletivo.

E, finalmente, o trigo estará separado do joio, e estaremos prontos para a paz e o amor.

domingo, 3 de março de 2013

Bolsa de Mulher


Por que será que nenhum filósofo ou sociólogo desenvolveu uma tese sobre a Bolsa de Mulher?

Por que será que elas insistem em “guardar” algo ali?

Será que os teóricos acadêmicos não têm senso de humor ou usam bolsa?

Será que sempre foi assim, desde a fêmea-sapiens?

Eu desconheço as respostas. Mas, posso apostar em algumas.

Talvez porque a Bolsa de Mulher trata-se de algo muito além do entendimento humano.

Um dia, vão descobrir que a série Lost, o Triângulo das Bermudas e todos os abduzidos estão dentro de uma Bolsa de Mulher.

Um dia, ainda em 2013, uma mulher vai tirar de dentro de sua Bolsa um iPhone 16. 

Um dia, vão descobrir que todo o Universo tem a forma de uma Bolsa de Mulher.

Cujo conteúdo sempre foi um Buraco Negro e onde a Deusa cria tudo.

Inclusive a luz.

sábado, 2 de março de 2013

Conjunção Múltipla em Peixes


Também conhecida como Stellium, a Conjunção Múltipla é uma concentração de planetas e aspectos num único signo.

Lembrando que, na nomenclatura da Astrologia, Sol e Lua também são chamados de planetas.

A Conjunção Múltipla é assim chamada quando há, no mínimo, 4 planetas no mesmo signo. Normalmente, Sol, Mercúrio, Vênus, que sempre estão próximos, e mais um. Quanto mais aspectos, mais raro o fenômeno.

Neste dia 10 de março, um domingo, às 5h da manhã, horário local, em qualquer lugar do mundo, haverá 7 aspectos. Lua, Netuno, o Ascendente, Mercúrio, Vênus, Sol e Marte. Nesta sequência.

Como se trata de um trânsito planetário, é importante que os interessados em aproveitar este aspecto raro no céu, acordem às 4h30 e sigam o roteiro abaixo.

Para entrar no Stellium, a Lua é a porta da frente, pois é o primeiro planeta do fenômeno, enquanto que a porta da saída vai ser Marte, o último.

A Lua representa toda a nossa inteligência emocional, volátil, abstrata, as virtudes do arquétipo feminino. Então, mulheres e pessoas sensíveis, além de cancerianos, vão perceber a força pisciana mais facilmente. Quem não tiver muita sensibilidade ou virtudes femininas deve apenas se concentrar numa mente vazia.

Como, no Mapa, a Lua está na Casa 12, o domicílio de Peixes no Zodíaco Padrão, a sensibilidade ligada ao mundo espiritual ficará ainda mais forte.

Tal potência associada à sensibilidade espiritual vai ao cubo por causa de Netuno, o próximo planeta da Conjunção Múltipla. Ele está na Casa 12, o seu domicílio, já que é o planeta regente de Peixes. O aspecto mais raro e poderoso deste Stellium.

Então, imaginando-se dentro duma caminhonete chamada Lua, coloque na caçamba as virtudes de Netuno em Peixes, ou seja, a consciência plena da espiritualidade, na prática. O homem Jesus consciente da sua missão na Terra, pensando, falando e andando para este propósito.

Seguindo, sensível ao cubo, no mínimo, vem o Ascendente. A Casa 1 de qualquer Mapa Natal, onde mora a personalidade e as Personas, o Eu Externo, o corpo físico, a forma como você se apresenta ao mundo.

Portanto, um convite a personalizar tal sensibilidade, trazendo-a para o corpo físico. Na prática, durante a meditação, é provável que se arrepie intensamente. De cabo a rabo. Com idas e vindas.

Depois, Mercúrio, que está retrógrado, na Casa 1 do Mapa.

Mercúrio rege todos os nossos movimentos externos e articulados, a nossa comunicação e expressão práticas. Pelo fato de estar retrógrado, embora a sensibilidade esteja bastante intensa até o Ascendente, haverá alguma dificuldade de externá-la. Será uma tremenda sensibilidade contida em foro íntimo.

Em seguida, pra dentro da caçamba, Vênus. Na Casa 1.

Sendo uma Vênus de Touro, estando em Peixes, você poderá ser acometido de um grande amor apaixonante somado à já enorme sensibilidade. Novamente, uma vontade imensa de manifestação, mas uma contenção íntima. A sensação lhe pertence e toma conta de todo o seu Eu.

Daí, o Sol. Na Casa 1.

Sempre somando-se às sensações conquistadas anteriormente, você vai sentir que pode tudo! Porém, como o Sol está em Peixes, não precisará de nada! A plenitude estará presente e bastará. Ou, Deus estará presente. O Deus Sol gestado pela Lua, a Mãe Natureza.

Finalmente, Marte. Na Casa 1. Domiciliado. A porta de saída.

Rá!! (só pra sintetizar, ilustrando, sem citar a Baby Consuelo e outros baianos.)

Em outras palavras,
EXPLODA!
PONHA PRA FORA ESTA PLENITUDE IMENSA E, ATÉ ENTÃO, CONTIDA!
SEJA A LUZ!

Você experimentará, em corpo, mente e alma, o que significa amar ao Seu Deus, acima de todas as coisas.

Você compreenderá, finalmente, antes da Páscoa, que ressurreição é um convite à manifestação da plenitude em vida.

Você fará, em minutos, gratuitamente, só dependendo do seu despertar, um supletivo integral de mais de dois mil anos de Era de Peixes.

Um Sim e um Beijo


A maioria esmagadora dos solteiros, de alguma forma e por mais que negue, almeja o casamento.

Encontrar aquela pessoa com quem se possa ser inteiro e verdadeiro, compartilhar e permanecer com ela pelo prazer da convivência progressiva.

Entretanto, quando o casal decide se casar encontra um número tão grande de planejamentos, dificuldades, despesas, burocracias, obrigações e convenções, que acaba se esquecendo, natural e gradativamente, da importância do sacramento soberano: a declaração abençoada, pública, formal e festiva de que vai se dedicar a uma vida a dois, de forma monogâmica, fiel e comprometida, nos altos e nos baixos, buscando ser um. Um patrimônio familiar.

 

O noivado, com alianças e jantar.
A escolha da data disponível, não necessariamente a desejável.
Trâmites civis e religiosos, onde os segundos são mais burocráticos do que os primeiros.
Máfias de fornecedores da igreja (ou seria máfia da igreja com os fornecedores?).
Escolhas, muitas escolhas...
Com ou sem assessoria?
Quantos e quem convidar (o que fazer com os amigos rotarianos do seu pai?).
Modelo, textura e entrega dos convites.
Onde e como morar.
Pra onde viajar na lua-de-mel (se conseguir negociar as férias antecipadas na empresa).
Os padrinhos e damas, suas roupas, cursos e coreografias.
A festa e o buffet (falência), as degustações, dos salgadinhos ao bem-casado. O Sonrisal.
As bebidas. O Engov.
Quem paga o quê? (melhor convidar o gerente do banco...)
Os cronogramas.
O coral, as fotos, o filme, as flores, as cores, a decoração, as músicas, o DJ, as dores e as Havaianas.
A organização.
As listas.
A troca das baixelas.
Os agradecimentos.
Tudo isso em meio às inevitáveis opiniões e conselhos, não pedidos, vindos dos amigos, parentes, futura cunhada e mais um continente à escolha deles...

Tudo isso por um sim e um beijo.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Complexo de Inferioridade


Complexo de Inferioridade.

Esta expressão vem sendo banalizada com o passar do tempo. Entretanto, terapeuticamente, é uma síndrome de comportamento, bastante séria e difícil de curar.

Primeiro, só homens têm Complexo de Inferioridade. Assim como só mulheres têm Cleptomania.

Segundo, quando um homem estiver frágil, caído e, chorando, disser que tem Complexo de Inferioridade, alivie-se. Ele não tem. Quem tem não assume. Jamais. Nem sob tortura. 

O Complexo de Inferioridade é assim considerado pois, invariavelmente, quem o tem é um ser superior.

São homens bem-sucedidos, inteligentes, cultos e eloquentes. Vaidosos, charmosos e sensuais, geralmente com aparência harmônica. Articulados e sociáveis, são sedutores e atraentes. Suas parceiras são, quase sempre, mulheres bonitas e/ou vistosas, embora não brilhantes intelectualmente. Trabalhadores, são bem-humorados diante das dificuldades, embora não gostem de perder, sendo rígidos em suas certezas. Assim, possuem uma sensação de onipotência, o que pode lhes valer certa soberba ou arrogância, mesmo que charmosa, ainda que sejam bons amigos.

Com tantas virtudes onde cabe a inferioridade?

Eis o Complexo. Eis a síndrome.

Na verdade o homem com Complexo de Inferioridade possui, em seu íntimo, uma sensação incrível de pequenez, normalmente oriunda desde o nascimento, por se sentir invisível, incompreendido (e, por tabela, rejeitado) aos olhos do pai, geralmente um homem admirável.

De tão antagônica diante das virtudes, tal pequenez é totalmente negada.

"Não é possível que isso exista em mim", eles pensariam, aflitivamente.

Como, de fato, ela existe, geralmente vindo à tona diante da superioridade de alguém que ele goste ou admire muito, normalmente um amigo homem, alguém distante do seu cotidiano, a tal inferioridade leva a uma sensação muito intensa de auto-desprezo, o que promove uma reação instintiva de proteção agressiva, em dualidade com o sentimento de amizade, cujo conflito tenta ser disfarçado, no ato.

Mas, estrago feito. Ele machucou o amigo. E a si próprio, três vezes mais. Quando encarou a própria inferioridade que tanto nega, quando reagiu descontrolada e agressivamente com o amigo querido e pelo medo de perdê-lo.

É bastante dor. Envolta em atormentado círculo vicioso.

A cura estaria (e está) em assumir tal sensação diante dessas pessoas que ele admira e que gostam dele, de verdade. Mas, o medo da incerteza e da rejeição os apavora. Normalmente, se afastam daquele amigo.

Minha experiência pessoal e profissional me deram tal conhecimento.

Diante de um deles, ainda jovem e empresário, eu disse: por que está me agredindo se eu gosto tanto de você?? Devo tê-lo deixado em pior estado.

Ainda gosto muito de todos eles, que se afastaram de mim, e troco, agora, tal conhecimento, pela confissão (e cura) deles, diante de mim.