domingo, 17 de junho de 2012

Mais do mesmo

Embora seja naturalmente bem-humorado e positivista, ando invertido ultimamente.

Desejo que seja apenas isso.

Estive recluso por muito tempo, concentrado em exercer meu trabalho, minha vida conjugal e caseira e orientar meus filhos.

Então, percebi e me ajudaram a perceber que estava recluso demais.

Daí, saí da toca. Mudei meu jeito de trabalhar sem desgaste. Estou nas mídias sociais, reciclando cursos e fazendo outros; reencontrando, virtualmente, amigos do passado; encontrando um tarólogo adormecido em mim; buscando uma editora para um livro que escrevi e promovendo cursos e encontros, interessado em conhecer e juntar pessoas oferecendo meus conhecimentos e experiências, de homem, cônjuge, pai, ex-empresário, terapeuta holístico, astrólogo, médium e profeta.

Contudo, é com lamento que percebo que permanece uma mediocridade superficial e vaidosa em (quase) tudo. E (quase) todos. E me lembrei porque me recolhi.

Citando apenas o que tenho lido e ouvido, reproduzindo e concordando com Graciliano Ramos, a palavra foi feita pra dizer.

E ninguém diz nada.

Não há o que ser dito?

Ou ninguém quer ouvir nada?

O que tenho certeza é o que a história demonstra.

Uma sociedade que permanece passiva na superficialidade e na mediocridade é manjedoura permissiva de líderes totalitários e parasitas, aproveitadores e egoístas. Consequentemente, de tempos negros, de guerras mundiais.

Porque a permanência passiva na superficialidade e na mediocridade não forja o caráter do cidadão, pois não estimula a reflexão, portanto não transforma a sociedade e engessa o progresso e a evolução.

"Tentei chorar e não consegui."

terça-feira, 12 de junho de 2012

Amar é

Amar é um ato de fé.

E esqueça aqui a associação do amor ao seu inventor ocidental, Jesus!

Amar é um ato de fé porque, quando estamos amando, não há um só pelo do nosso corpo que não esteja.

Trata-se de uma submersão total.

Daí, sentimo-nos vulneráveis. Como se a pessoa amada nos tivesse por inteiro.

Não podemos mentir a nós mesmos e temos a certeza de que a amada sabe disso. E pode nos dominar quando quiser.

Perdemos, totalmente, o poder e o controle de nós mesmos e da relação, diante do amor. E sentimos medo.

E este medo é a principal barreira que geramos para explorar o amor. Interna e externamente.

Embora antônimos, como luz e escuridão, é interessante observar como o amor e o medo geram os mesmos sintomas. Frio na barriga, taquicardia, tartamudez e congelamento interno.

Então, pretendemos amar sem enfrentar o medo. Impossível. Assim, matamos o amor.

Porque amar é um paradoxo.

Amar é sentir que podemos tudo e, no entanto, não precisamos de nada.

Neste dia dos namorados, desejo com fé, que seja este o sentimento que possui.

Mutuamente.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Surpresa Divinatória

Ontem, conclui o curso de Tarot Alquímico, da Escola de Alquimia de Joel Aleixo, ministrado pelo próprio, um predestinado Psicopata do Bem que conheço há mais de 20 anos.

Embora eu seja um buscador, desde os 16 anos, meu contato com o tarot foi superficial. Na ocasião, o Tarot Egípcio.

Sendo assim, apesar do Tarot Alquímico se apoiar nos conceitos das casas astrológicas do Zodíaco Padrão, que conheço bem, a criação, a função e a dinâmica deste oráculo eram desconhecidos pra mim. Cheguei quase como um leigo.

Contudo, ontem, ganhei um presente inesperado.

Quase às 12 horas, enquanto Joel dava início à leitura do tarot de uma aluna sorteada, na primeira carta de uma tirada de doze, senti aquele calor do preenchimento que vem do espírito, que provocou uma taquicardia logo que minha mente se encheu das palavras que precisavam ser ditas àquela mulher, inclusive sobre a dieta que deveria fazer! Tudo em poucos segundos.

O tarólogo adormecido despertou em mim!

Fiquei eufórico.

Não pela manifestação em si, pois a conheço bem, mas pela surpresa!

E mesmo emocionado por aquele estado de graça ter permanecido o resto do dia, não pude parar de pensar:

Quais são as possibilidades que ainda estão adormecidas no meu espírito?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mamíferos Carnívoros

Sem radicalismos. Eu adoro uma picanha ao ponto!! Com todas as guarnições!

Afinal, sou um animal primata bípede carnívoro e mamífero, além de sapiens (embora muitos da minha espécie me deixem descrente dessa última qualificação).

Contudo, observando o comportamento humano, minha ferramenta profissional e hábito pessoal, constatei que consumo excessivo de carne acirra a competição entre as pessoas. Progressivamente predatória.

Nossos antepassados foram vítimas disso. Conheço vários homens sérios que acreditam que a humanidade atrasou a sua evolução por medo de sair das cavernas e enfrentar os grandes carnívoros. Bendito meteoro!

Um boom de filmes de vampiros, lobisomens e zumbis entopem os canais abertos e fechados de TVs e cinemas, como nunca. Vai faltar sangue.

O comportamento antropofágico em TODAS as empresa, não só nas grandes, criando células independentes de competição interna e remuneração variável cada vez mais significativa em relação à fixa, sob o sucesso no alcance das metas, cada vez mais utópicas. Quem perder vira carne moída.

Não à toa, churrascarias lotam de festas da firma. Pra comemorar as conquistas! Predadores agem assim.

Como sempre, o sagrado equilíbrio, o famoso bom senso, que parece fácil de se alcançar em conversas de churrascaria, deve ser uma busca constante.

Se for da nossa escolha viver numa sociedade menos competitiva, optemos pelo omelete.