sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Preço da Superficialidade


Outro dia atendi a um novo cliente.

Paulistano de 34 anos, família tradicional e rica, bem posicionado profissionalmente, aparência harmônica, morando sozinho num belo apartamento, angustiado com algumas frustrações consecutivas na área afetiva, cuja razão básica estava na percepção superficial de si mesmo e da vida.

Ele estava escolhendo e se envolvendo com mulheres sem saber ao certo o que queria e sem um padrão interno e detalhado de busca.

E as últimas três rupturas, todas neste ano,  ocorreram logo após a transa.

Todas esfriaram e sumiram.

Ele começou a questionar suas qualidades como amante, coisa que jamais acontecera antes, em toda a sua memória de relacionamentos.

Com certo trauma, assustado, inseguro, cheio de incertezas adolescentes, procurou a terapia.

Pela diferença gritante entre as três últimas, inclusive fisicamente, pois ele me mostrou fotos, apesar de todas estarem na mesma faixa etária dele, perguntei o que ele queria, afinal: Namorar? Casar? Família e filhos?

Ele respondeu: "Sei lá! Se a coisa andasse e o relacionamento evoluísse, tudo bem... blá, blá, blá." Bingo!

(Mulheres com quase ou mais de 30, normalmente, sabem o que querem na área conjugal. Ou, sabem o que não querem. Por exemplo, caras que não sabem o que querem.)

Então, facinho, facinho, falei pro cara que, aos 34, já estava na hora dele ter um pouco mais de consciência do que quer, principalmente na área dos relacionamentos afetivos, sobretudo diante de candidatas com 30 anos ou mais.

Tentei acalmá-lo afirmando que foram bons os últimos insucessos. Sexo traz intimidade e apego. Num relacionamento mais longo, com autoconsciência superficial e critérios aleatórios, as divergências poderiam acontecer mais tarde. Imagine tais frustrações aos 39?, argumentei.

Além disso, passei uma espécie de lição de casa pro cara se aprofundar em Quem É e Quem Deseja Ser, com uma metodologia que está no Manual Para Se Preparar e Atrair o Homem Ideal, que escrevi e pretendo editar neste ano, se (todo) o Cosmos conspirar a meu favor.

(Alguém conhece alguma editora de alcance nacional que aposte em novos autores?)
(Ou, alguém sabe me dizer quais serão as seis dezenas sorteadas da próxima mega sena?)
(Ou, alguém aí, do palheiro, viu a agulha?)

O Manual, embora escrito para as mulheres, serve aos homens.

Ninguém, homem ou mulher, como na ilustração, pode ser completo e feliz quando tem uma visão superficial, rasa e pouco detalhada, de si mesmo e do que quer da vida.

O melhor foi, ao final da consulta, após o meu parecer, ele pegar o floral de Melissa, dentre os 99 que compõe o kit Primus, do Joel Aleixo: 


Após quase 19 anos, embora cada vez menos tolerante aos superficiais, esse trabalho ainda me encanta com um frescor diário e renovador.

Um comentário:

  1. Muito bom! Parabéns!
    Quanto ao livro, você poderia fazer uma impressão independente para suas clientes e amigos e vender a um preço que vc considere justo. Até pq fiquei curiosa!
    Além disto, outra idéia seria vc fazer um ebook e disponibilizar no seu site para venda online, através do pag-seguro, tenho visto algumas pessoas fazendo isto e está dando super certo. No seu blog, vc faz uma resenha, coloca umas 3 páginas do livro para dar o gostinho de quero mais e se a pessoa quiser ela pode comprar o ebook.
    Com isto, na medida que vai divulgando o livro assim, pode ser que alguma editora te procure e vc consiga publicar o livro tb.
    Detalhe: Só não esqueça de antes disto tudo, fazer o registro do livro e dos direitos autorais de sua criação na Fundação Biblioteca Nacional, para ficar protegido.

    Bjs! Kelly

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