terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ponto de Mutação

Jogando uma pedra pra cima, em que ponto ela deixa de subir e ainda não começa a descer?

No arco-íris, onde termina o laranja  e começa o amarelo?

Qual o exato instante, no lusco fusco do nascente, que a escuridão se foi e já está claro?

É difícil estabelecer, precisamente, alguns limites.

A física quântica é a parte da ciência que estuda isso. Estão a um ziguilhonésimo de segundo do exato instante do Big Bang. A ciência se aproximando de Deus.

Estabelecer o ponto de mutação é difícil até no amor. "Ame ao próximo como a si mesmo".

Quando termina o "si mesmo" e começa o "próximo"?

Mas, nessa frase conhecida, muito mais fácil de ser dita do que praticada, há uma dica fundamental.

Quem é o próximo?

Não sabemos, é indefinido, pode ser qualquer um. O atual cônjuge, o próximo cônjuge, o vizinho, o patrão, o colega de trabalho, o ambulante do semáforo, o seu cão, o próximo próximo.

Contudo, quem é "si mesmo"?

VOCÊ!!! (Constatação entusiasmada de auto-ajuda ao dizer o óbvio.)

Portanto, os parâmetros do amor são pessoais.

Para demonstrar amor a alguém é preciso, primeiro, que se encontre aquela capacidade de amar dentro da gente. Só depois, o amor demonstrado pode ser verdadeiro. O próximo percebe se não for...

Carlos não ama a Cláudia. Cláudio ama ser/estar o Cláudio que ama a Cláudia.

Porque, quando amar alguém for em detrimento de si mesmo, não é mais amor.

E, na ausência de qualquer próximo, ame 100% a si mesmo. Em corpo, mente e alma.

Afinal, só se pode dar o que se tem.

Um comentário:

  1. Nossa, se eu for escreve toda vez que eu gostar dos posts...vou escrever em todos!
    Bj
    Pati

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