terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Par ou ímpar?


Embora par, 2014 há de ser ímpar.

Por aqui, copa do mundo de futebol + eleição para os mandatários do poder executivo, que, afinal, mandam no resto.

Talvez com exceção do Barbosão. Mal ou bem, se não fosse por ele e sua vontade de exercer a autoridade, os mensaleiros presos estariam em piscinas de Trancoso.

(Pros petistas de plantão, eu desejo, de forma apartidária, que todo e qualquer corrupto na função de zelar pela coisa pública sempre vá pra cadeia. Elétrica, se possível.) 

Um ano atípico, portanto, esse 2014, embora tenha muita semelhança com 1950, último ano em que o Brasil sediou uma Copa. Também houve eleição direta para presidente. Getúlio Vargas venceu, após ter sido presidente-imperador de 1930 a 1945. Parecido com o cenário atual.

Contudo, 2014 será o primeiro ano com eleição após o despertar do gigante, que, pra muitos, voltou a dormir. Não tenho essa certeza...

Aquelas manifestações foram espontâneas, de universitários e em todo o país. Assustaram o governo. Dilma veio pra São Paulo, às pressas, pedir pinico pro Ignácio. Lembram-se?

Memória curta tem quem não foi às ruas.

Em 1950, a primeira emissora de TV brasileira estava sendo inaugurada. A Tupi. Em 2014, nenhum candidato vai piscar sem que haja um smartphone fotografando. Ou filmando. E sendo postado ao mundo, em segundos. Ao vivo e colorido.

Vide o implante de cabelos (jamais de ética) do Renan - que, aliás, só por ter usado o avião da FAB para uso pessoal já caracterizaria improbidade administrativa, cabível de perda do mandato. Mesmo que a atitude do senador, de pedir desculpas e devolver o dinheiro - alguém viu o recibo? - tenha sido meramente hipócrita, jogando pra torcida, ela só ocorreu porque ele foi pego.

Será que ele vai pegar o mesmo avião pra ver o Neymar?

2014.

Somando, dá 16. 11 no campo, 5 no banco. Do Brasil.
A Torre, no Tarô de Marselha. Arcano maior.

Mas, pode ser que as pedras fiquem sobre as pedras. Segundo petistas que saíram do partido, Zé Dirceu disse, alegremente, que o Bolsa-Família garante 45 milhões de votos.

É provável que não seja papuda e que ele esteja certo. Quem elege, neste país, não tem acesso à educação e informação. Círculo viciado, cheio de "cracks".

Tomara que o atípico ano de 2014 mostre o contrário. Na política. No futebol, hexa.

Senão, aos 40 do segundo tempo, que a reeleita repita o gesto do Getúlio.

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