sábado, 20 de outubro de 2012

Eu sou!

Expressão que parece simples, mas que esconde, sutilmente, um dos maiores desafios da vida.

Quando você diz eu sou, em tese, está manifestando uma verdade.

Fica fácil quando a afirmação, além de verdadeira, pode ser constatada externa e concretamente.

Eu sou branco. Eu sou homem. Eu sou brasileiro. Eu sou marido. Eu sou filho. Eu sou pai. Eu sou irmão. Eu sou amigo.

Mas, e quando a afirmação denota verdades relativas? Ou, são verdades internas e abstratas?

Eu sou bonito. Eu sou cidadão. Eu sou ético. Eu sou sensitivo. Eu sou fiel. Eu sou amoroso. Eu sou rico. Eu sou forte. Eu sou bom. Eu sou normal. Eu sou heterossexual. Eu sou alto. Eu sou universalista. Eu sou religioso. Eu sou otimista. Eu sou justo. Eu sou honesto. Eu sou sensível. Eu sou capaz. Eu sou democrático. Eu sou trabalhador. Eu sou verdadeiro. Eu sou o ungido.

A verdade do que se diz, na maioria das vezes, se não é percebida, é relativa ou precisa ser demonstrada.

Talvez por isso, a maioria da humanidade se apegue às suas origens. Raça, gênero, família, conterrâneos e amigos. A verdade conforta e tranquiliza.

Talvez por isso, a maioria dos hipócritas se cale publicamente. A não ser quando se dirige aos tolos ignorantes, como alguns políticos molestadores de inocentes, por exemplo.

Talvez por isso, a maior crise da humanidade seja de confiança.

Ainda bem que a palavra mal dita (e maldita) tem peso sobre quem a diz. Nesta vida ou na outra.

Pois, para Ser, de verdade, é preciso Pensar, Falar e Agir, coerentemente.

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