sábado, 15 de setembro de 2012

Futuro do Presente

O tempo passando dá aos dias que vivemos uma característica singular. E esquisita.

Eles representam, cada vez mais, a proximidade com o futuro. Isto é, uma grande incógnita.

Isto gera muita tensão e ansiedade. Mesmo pra aqueles que têm capacidade profética.

Porque, ao invés de fazermos um balanço, parar e refletir, os dias que vivemos insistem em ser uma repetição de condutas cotidianas que mantemos há séculos, repetindo nossos ancestrais, e que trouxeram o mundo ao ponto de mutação em que está.

Mesmo com a evolução tecnológica, cada vez mais rápida, a maioria das organizações sociais globais não evoluiu. Ao contrário, utiliza a evolução de forma retrógrada.

O seu celular da firma é um cabresto do novo quilombo.

Da mesma forma, não evoluíram as religiões, que sempre procuraram explicar o que não conseguíamos entender, e a educação, predominando os valores da Tradição, Família e Propriedade. Além de retrógrados, atuamos de forma maniqueísta, apoiando um lado em detrimento do outro. Ignorando opostos, quando Deus é dual.

Sendo que seria muito simples agir corretamente,  pois conhecemos a fórmula da ética há séculos, embora não pratiquemos: não faça aos outros o que não quer que façam a você.

Gostaria que a tese acima estivesse equivocada, pois o mundo não estaria como está.

Se eu posso contribuir em algo, garanto que, em meio a esse cenário, o chamamento do futuro, no presente, nos compele, intuitivamente, queiramos ou não, a uma busca de integridade e plenitude, da forma mais simples. O espírito se manifestando no corpo através da mente consciente, para propósitos elevados.

Tal ambiguidade macroscópica gera um conflito que gera uma gama imensa de desequilíbrios microscópicos. Angústias, alienação, agitação, ansiedades, neuroses, depressões e síndromes degenerativas. Individuais, coletivas e institucionais.

Tal conflito nubla a realidade e os desafios do presente trazem incertezas que nos levam a repetir o passado, deixando o futuro pra depois. E ainda mais incógnito.

O círculo ficou tão vicioso que há uma óbvia preguiça (e medo) de olhar para o futuro. Assuntos como este, abordado aqui, por exemplo, se tornam chatos. Nos círculos e nas redes sociais.

Então, amanhã - que quando chegar será mais um hoje - vamos trabalhar, no mínimo 8 horas, para exercer as nossas funções de forma que não corramos risco de perder o nosso emprego e pró-labore mensal, a fim de dar aos nossos o que os nossos tataravós queriam dar aos vossos.

Ter condições de ter mais.

Enquanto as perguntas de sempre permanecem:

Quem somos?
De onde viemos?
Para onde vamos?

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