sábado, 5 de março de 2016

Maçãs Verdes

O Ignácio conduzido pacificamente a prestar declarações à polícia federal, ontem, após ter fugido duas vezes, nas últimas duas semanas, às intimações de mesmo tema, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, ao contrário do que ele (a presidente e seu partido) declarou ontem, que se tivesse sido convocado teria ido de livre e espontânea vontade (!?!), na verdade demonstra a própria cara, a do seu partido, a dos seus discursos e das suas ações: uma fraude.

Nem vou abordar o fato de ontem, "condução coercitiva", pois se trata, apenas, de um dos milhares de galhos de uma árvore frondosa. Pra demonstrar a tese, vou à raiz dela.

A primeira eleição do Lula, e do seu partido, se deu por fraude. Em 2002. Quem não era adulto na época, leia no Google e veja no Youtube.

Após três derrotas seguidas, ele se elegeu presidente de uma república graças à imagem de "Lula Light", maquiada por Duda Mendonça, também marqueteiro, também condenado no mensalão.

(Aliás, marqueteiros de políticos, a quais propósitos vocês servem? Não têm moral, ética, visão ampla do futuro, medo de Deus ou de um juízo final? Não terão filhos e netos? A vaidade e a ganância lhes cegam? Querem jogar a profissão na lama da podridão eterna?) 

"Lula Light" tentava mostrar que o outrora "sapo barbudo", afinal, podia ser engolido, sem indigestão.

Amigo das elites (branca e paulistana, principalmente), dos banqueiros, da mídia, distribuindo simpatia e sorrisos de centro-esquerda, declarou em debates que não era contra a classe média, que não ia aparelhar a máquina do governo, e se cercaria de pessoas por critério técnico de excelência. 

Diante do outro candidato, o feioso, arrogante e antipático José Serra, ganhou a eleição. Fosse o adversário um bonitão, com elegância e verve, talvez o Ignácio ainda estivesse dizendo que, no Congresso Nacional, "são trezentos picaretas com anel de doutor". Sem errar.

Ignácio "Lula Light" se elegeu, apesar do Foro de São Paulo, fundado por ele e seu partido, em 1990, e, claro, por termos memória de cidadão eleitor curta e baixo nível de educação populacional, onde eleitor analfabeto, com 16 anos pode (e é obrigado) a votar. Os mesmos que votariam no bonitão com elegância e verve. Vide Fernando Collllor de Mellllo, eleito ainda nos dias de hoje, e que apoia os governos do PT (!?!).

Fraude. Tudo fraude.

Na verdade, Ignácio era, é e ainda deseja ser, segundo vários de seus ex-pares, incluindo Fernando Gabeira e Hélio Bicudo, um ditador de esquerda, não só do Brasil, mas das Américas do Sul e Central, mesmo indiretamente, sendo o nosso país o hegemônico economicamente.

Depois do segundo ano do primeiro mandato, o Ignácio tirou a maquiagem de "Lula Light", parou de dar entrevistas à imprensa após a delação do Deputado Roberto Jefferson, em 2005, deflagrando o mensalão; explodiu o Estado em Ministérios e autarquias, aparelhou tudo o que pode com os companheiros, mas sem mérito de excelência das funções; e escancarou os cofres dos bancos estatais para crédito ao consumo das classes D e E - historicamente bons pagadores - de bens duráveis e, principalmente, não duráveis, a taxas de juros baixíssimas, forçando os bancos privados a quase fazerem o mesmo. Assim gerou alto nível de consumo que aqueceu a economia interna, fazendo o mercado crescer, gerar empregos e quebrar recordes consecutivos de arrecadação de impostos que, supostamente fechando o ciclo, retornaria o dinheiro ao governo pra fazer o PAC - Plano de Aceleração do Crescimento, daí já com a "Mãe Dilma".

Mas, a conta não fechou.

Por que?

Fraude, novamente.

A intenção não era beneficiar classe pobre nenhuma. Segundo o honestíssimo José "Deixa Comigo" Dirceu, os 45 milhões de beneficiados pelo Bolsa Família seriam "45 milhões de votos".

Logo, a verdadeira intenção era - e ainda é - criar o maior sistema institucionalizado de corrupção, em todos os níveis de poder, da história do "Brasil e do mundo" (parafraseando o palestrante Ignácio, no discurso megalo-sindicalista de ontem), para sustentar o ideal de permanência perene do PT no poder. Do Brasil e das Américas, abaixo dos "Imperialistas Capitalistas Norte Americanos".

Criar um partidão de poder totalitário (com PMDB, PDT, PCdoB, PP, PSD, PSC, PR, PTC e vão pra PQP os outros que toparam fazer parte desse projeto), disfarçado de democrático, em conluio com um cartel de grandes capitalistas empreitando a farra, construindo, lavando, superfaturando, escondendo e garantindo o ideal de poder permanente.

Obama tinha (pretérito imperfeito) razão, Ignácio era "o cara"

Fraude.

Quem votou no "Lula Light", em 2002, mas não desejava, nem deseja, este projeto ao Brasil, foi enganado. Houve uma farsa.

E essa farsa, uma vez semeada se transformou numa árvore cheia de galhos mentirosos, daquele momento em diante, até ontem. E ainda hoje.

Em 2002, a maioria que votou nele acreditou no marqueteiro: se tratava duma macieira de maçãs verdes, mais "lights", não de maças vermelhas.

Agora, queremos e iremos podar a árvore falsa. Democraticamente.

De verdade.


(Imagem de dicassobresaude.com)

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