quarta-feira, 29 de maio de 2013

Zeugma


"A língua portuguesa é, com mais de 250 milhões de falantes nativos, a sexta língua materna mais falada no mundo e a terceira língua mais falada no mundo ocidental, sendo a língua oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
É falada na antiga Índia Portuguesa: Goa, Damão, Diu e Dadra e Nagar Haveli; assim como em Macau na China
Também é oficial na Galiza, noroeste da Espanha, com a denominação histórica de galego-português e, agora, de galego. Neste caso, entretanto, o assunto é polêmico: os galegos não admitem a redução de sua língua ao português. E ao espanhol, língua da qual retiram suas regras ortográficas.
A língua portuguesa é também falada em comunidades de Paris (França), em cidades como Toronto, Hamilton, Montreal e Galineau (Canadá), em comunidades de Boston, New Jersey e Miami nos EUA, e em cidades como Nagoya e Hamamatsu no Japão."
Tudo isso pra dizer que zeugma, que mais parece nome de bisavó, espécie de inseto ou planta carnívora, bicho da austrália, personagem de gibi, local onde moram os zeuses ou doença de pele, na verdade é uma figura de linguagem (ou estilo) da nossa extraordinária e pouco explorada língua portuguesa.
É bastante utilizada na escrita. Eu mesmo gosto muito.
Parecida com a elipse, que omite um termo não mencionado antes, a zeugma se dá quando se omite um termo ou expressão mencionada anteriormente.
Por exemplo: "Eu estava com dor de cabeça. Meu inimigo, câncer."
Mas, ouvindo um comentário no rádio outro dia, achei um exemplo diferente de zeugma. Acho até que é um quase-pleonasmo-iminente.
"O dinheiro público está saindo pelo ladrão."
Sem a zeugma ou com o pleonasmo, teríamos:
"O dinheiro público está saindo pelo ladrão ladrão" ou
"O dinheiro público está saindo pelo ladrão que rouba."
De qualquer forma, que todo ladrão de dinheiro público contamine-se do novo vírus zeugma fatalis.

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