segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sacramento

Lamentavelmente, chegam a mim clientes com um sofrimento permanente após meses do término de uma relação conjugal que durou entre 5 e 10 anos, mesmo sem filhos.

Trata-se de um tempo relativamente grande. Durante o qual houve investimentos cotidianos de toda ordem, muitas vezes em busca da realização de sonhos, de projetos de vida. Conquistas afetivas, de qualquer forma.

Mesmo que a relação tenha terminado por um motivo claro e consciente, ainda permanece uma dor.

Trata-se da perda de tanto investimento.

O que faz com que a maioria se cobre, se perguntando se fez tudo o que podia pela relação, se poderia ter feito algo diferente ou melhor, etc. Nenhuma dessas auto-cobranças muda a decisão, apenas gera uma dúvida permanente, o que gera o sofrimento constante.

Na maioria dos casos, assisto ao cliente, homem ou mulher, se fortalecendo com a terapia pra tentar resgatar o que foi perdido. Normalmente, permanece o DDD (desperdício, dor e dúvida).

Na maioria dos casos, é melhor reconstruir uma nova relação com o aprendizado da que terminou do que tentar reformar esta.

Simplesmente, porque a que terminou começou "errado", sem que ambos percebessem.

Casamento - e pra tanto basta morar junto - é uma decisão mútua, consciente, responsável e de caráter definitivo, que convoca, naturalmente, um novo conceito de família, principalmente se filhos forem desejados. Portanto, requer objetivos comuns, diálogo aberto, comprometimento e fidelidade. Se não for assim, não é casamento, é uma ilusão que não se sustenta.

Casar distraído é fatal.

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