quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sem Choro Nem Vela

Observando as repercussões sobre o choro dos jogadores brasileiros nessa Copa como um todo e no último jogo, nos pênaltis, em especial, estou morrendo de rir.

Antes de mais nada, são muitas emissoras, em muitos programas, todo santo dia, dia e noite, sem parar, com todo o tipo de gente, falando sobre futebol.

Impossível que não haja exageros. Dos que entendem e, principalmente, dos que jamais competiram jogando futebol, esses em maioria.

O mais engraçado é que todos tentam racionalizar as emoções - algo paradoxal - dum esporte popular, de catarse emocional, audiência global, num torneio mundial, de apenas 7 jogos, sendo 4 eliminatórios, que só acontece de 4 em 4 anos.

É de matar, ora!

Não podemos racionalizar as emoções dum pintor diante da sua obra emoldurada.
Não podemos racionalizar as emoções dum músico diante da sua harmonia sonora.
Não podemos racionalizar as emoções dos atletas da seleção brasileira de futebol, competindo numa Copa do Mundo, no Brasil, na era on-line, sendo os maiores campeões dum esporte que só gostamos quando podemos chamá-lo de futebol-arte.

E, se não podemos, não devemos.

Campeonato Mundial de Xadrez não dá audiência. Pois não tem emoção. Nem a TV Cultura iria cobrir.

Como terapeuta, creio e sei que as emoções só podem ser compreendidas plena e racionalmente, quando está presente o amor. Sentimento síntese de ambas e único catalisador. Quem ama sabe.

E os meninos chorões da seleção, e sua comissão técnica, estão amando o que estão fazendo. E não estão fazendo por outra razão.

Articulistas, sensacionalistas babacas e oportunistas, "jornalistas" e jornalistas!
Ainda que vocês falem a língua das emoções dos homens,
Ainda que falem a língua das emoções dos anjos,
Sem amor vocês nada são.

Amanhã, pra Colômbia, não vai ter choro nem vela.

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