É bastante comum ouvir pessoas reclamando de uma sensação de tensão no mês que antecede o aniversário e associar os eventos ao inferno astral.
Aniversário é lembrança do nascimento.
E, vamos combinar, nascer não é fácil.
Imagine-se nos últimos momentos fetais, você está apertado, sofrendo contrações que pretendem expulsá-lo daquela bolsa quentinha e escura, através de um buraco estreito, e vai sair na marra, sem chance de retorno, prum ambiente frio e claro, com a pressão atmosférica pesando sobre você, principalmente nos pulmões, e, sem cordão umbilical, vai sentir fome logo-logo e estará sozinho, longe da mamãe...
Contudo, muita gente não padece de inferno astral, e muita gente imatura ou mimada padece dos males acima, sem que esteja no inferno astral.
Então, além de nascer ser uma transição complexa, rara e definitiva, a tensão que ocorre quando se aproxima a lembrança da data de nascimento pode estar associada a dois motivos.
Traumas intra-uterinos e predestinação. Podendo ocorrer ambos.
Uma gravidez não desejada, rejeitada, principalmente pela mãe, mesmo depois do nascimento, em casos de abandono ou adoção, mal-estares constantes na gestação ou apenas um parto difícil são fatos que podem ficar gravados na memória inconsciente do recém-nascido, que vêm à tona sempre que se aproxima o aniversário, ativando a memória do nascimento.
Pouco a se comemorar, a tendência dessa pessoa é ficar reclusa, quieta e sozinha, podendo ter aflições, angústias, etc. Tudo passa logo após o aniversário, normalmente.
O inferno astral também pode atingir os predestinados.
Além de nascer ser uma travessia e tanto, qual será a memória deste instante quando o destino do recém-nascido for sofisticado?
A ilustração é um quadro antigo de família, recuperado, onde o ainda Menino Jesus sonha com o seu destino.
É provável que ele tenha padecido do inferno astral.
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